A 22 de janeiro de 1788 nascia George Gordon Byron, famoso poeta inglês mais conhecido como Lord Byron... Mesmo tendo nascido em Londres, passou boa parte de sua vida na Escócia. Aos três anos perde seu pai e aos dez, ganha o título de lorde, juntamente com as propriedades de seu tio-avô. Seu primeiro volume de poemas é publicado em 1807, mas não foi reconhecido de forma positiva pela crítica da época... Dois anos depois viaja pela Europa e pelo Oriente Médio, inclusive a Grécia, cuja paisagem e hábitos lhe causaram uma forte impressão...
Ele começa a escrever um longo poema autobiográfico que lhe rendeu fama imediata. Em 1815, acaba se casando com Anne Isabella Milbanke mas um ano depois sua mulher o abandona, devido a rumores de uma relação incestuosa que ele mantinha com sua meio-irmã, Augusta Leigh. Se envolve com uma condessa italiana, engaja-se de maneira superficial à política dos carbonários, e em 1819 publica os dois primeiros cantos de sua obra-prima mais conhecida: Don Juan. Acaba por falecer na Grécia, devido a uma febre, um ano depois de lutar com os gregos pela independência do país, em 1824...
Apresentado o autor, venho falar sobre uma obra que possuo em meu Acervo: Poemas, publicado pela Editora Hedra. Trata-se de uma edição de bolso composta de várias composições de grande significado para o poeta. Há também antologias e excertos de Don Juan e poemas retirados da obra Hebrew Melodies. No Brasil, a poesia de Byron foi forte influência para autores como Castro Alves, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, entre outros. A obra de Byron recebeu elogios de Goethe e Shelley [que era amigo do poeta]...
O livro conta também com um prefácio de Péricles Eugênio da Silva Ramos, que discorre sobre a vida do autor, desde a infância até sua viagem ao Oriente Médio, sua relação com a meia-irmã e seus relacionamentos amorosos... Boa parte da geração de românticos da nossa literatura se inspirou na obra Byroniana. Em seus escritos, estão presentes a dúvida, descrença, blasfêmias e certo humor negro... Seus poemas são embriagantes e trazem certo fascínio melancólico e mórbido ao leitor...
A edição da Hedra é bilíngue e traz várias notas de rodapé acerca de algumas particularidades encontradas nos poemas... Dentre eles, uns dos mais belos, a meu ver, são Ela caminha em formosura, Assim não mais iremos vaguear, Adeus, E morreste tão jovem e formosa, Trevas e Versos inscritos numa taça feita de um crânio. Há também cartas e sonetos escritos para Augusta...
Encerrando o post, deixo um trecho de um de seus poemas mais memoráveis... Espero que tenham gostado da resenha... Algum de vocês conhece o autor e/ou sua obra? Têm vontade de ler?
Mais um esforço, e livre estou depois
"Mais um esforço, e livre estou depois
Da angústia que me parte o coração em dois;
Um último suspiro a ti e ao teu amor
E à vida ativa retornar então:
Serve-me agora misturar-me sem calor
Com seres pelos quais jamais tive atração:
Já que toda alegria aqui eu vi fugir,
Que dor futura ainda pode me atingir?"
"One struggle more, and i free
From pangs that rend my heart in twain;
One last song sigh to love and thee,
Then back to busy life again.
It suits me well to mingle now
With things that never pleased before:
Though every joy is fled below,
What future grief can touch me more?"
A primeira vez que ouvi falar de Lord Byron foi em um livro no qual a Jane Austen era uma vampira e, se não me engano, ele era namoradinho dela, hahah Li esse livro há muuuuitos anos atrás, então nem lembro mais da estória, mas assim que vi seu post a lembrança pipocou na minha cabeça.
ResponderExcluirInfelizmente não sou muito fã de poesias, já até tentei ler, mas a parada realmente dificilmente me conquista :(
Mago e Vidro