Trapalhadas sexuais e sociais de uma garota amalucada - Aconteceu em Paris, de Molly Hopkins

Uma garota bonita, atrapalhada e deslocada das convenções do mundo terreno decide procurar emprego em uma agência de turismo. Ela está afundada em dívidas - e, claro, quer consumir mais -, e idealiza logo uma boa oportunidade para viajar, ganhar por isso e gastar. Nessa empreitada, ela conhece um motorista quase-semi-deus e não pensa duas vezes em encarar uma aventura sexual e amorosa ao lado do gatão. Só que nem tudo acaba saindo conforme o planejado e o casal se mete em inúmeras trapalhadas e gargalhadas. Esse é o tempero de "Aconteceu em Paris", primeiro romance da escritora inglesa Molly Hopkins (original It happened in Paris, tradução de Maria Ângela Amorim de Paschoal e Adriana Amback, editora Novo Conceito, págs, 480, 2013).

A história segue o ritmo de comédias românticas cinematográficas, a exemplo de "Como Agarrar Meu Ex-Namorado", "O Casamento do Meu Melhor Amigo" e "O Amor Não Tira Férias", onde personagens destrambelhadas metem os pés pelas mãos, estão sempre em apuros e procuram o amor nos piores lugares, até finalmente conseguirem esbarrar em uma paixão que dure mais do que uma garrafa de vinho. Esse é o caso de Evie Dexter, uma pródiga incurável que vive a rotina com leveza, distração e alienação. Depois de ficar desempregada, Evie procura trabalho em uma agência de turismo e logo consegue; sua missão é acompanhar turistas em uma viagem a Paris, apontando os pontos de visitação, criando um ambiente de descontração, interagindo e informando - já que o passeio também tem um viés cultural. Em uma roupagem europeia, a viagem nada mais é do que nossas conhecidas excursões de três dias, com direito a muita gente tagarelando, bagunçando, aprontando e se divertindo.

Nesse percurso, a amalucada Evie conhece Rob, motorista do ônibus e um verdadeiro Bradley Cooper - pelo menos, foi essa a licença imagética que eu me permiti na leitura do livro. Desse esbarrão, um romance explicitamente sexual desponta e vai evoluindo para intimidade, cuidado, traição e... Muita confusão. Seguindo a fórmula de sucesso dos clichês lúdicos-românticos, Molly Hopkins faz um livro divertido, repleto de referências à marcas, atrizes, filmes e celebridades e, acima de tudo, situações pitorescas que vão arrancar risadas. É um romance para 'abstrair', relaxar, ler de pé para cima e rir muito.

Comentários

  1. confesso que a princípio não me chamou mt atenção, depois resolvi ler. Por ser uma leitura leve, vai que eu gostasse de intercalar com algo mais denso...
    quem sabe qualquer hora eu leia...
    ^^

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