Encontrei "Casos de Amor" de Marisa Raja Gabaglia em uma máquina de livro em alguma estação de metrô (não lembro qual), e mais uma vez fui “chamada” por um livro...
O título do livro é comum, até um pouco clichê, mas acho que o quê me atraiu foi a capa, pois não tive como ler a sinopse. O olhar melancólico e misterioso de Marisa estampado na capa do livro, me instigou a curiosidade sobre seus casos de amor.
Apesar de Marisa Gabaglia ter sido jornalista, escritora e atriz em determinada época, eu não a conhecia. Foi uma visita ao Oráculo (vulgo Google) que pude conhecer um pouco mais sobre a autora, além daquela “nota do editor” em seu livro. Quem é a autora de um dos meus livros de contos favoritos?
Marisa Raja Gabaglia, foi jurada em programa de auditório e atriz de novela da TV Tupi, escreveu crônicas para os jornais Última Hora e Diário Popular. Trabalhou na Rede Globo como repórter. Escreveu pelo menos 4 livros, sendo “Milho para Galinha Mariquinha” o livro de maior sucesso no Brasil.
Sua vida amorosa foi conturbada. Envolveu-se com o médico cirurgião plástico Hosmany Ramos, condenado por diversos crimes: tráfico de drogas e até assassinato! Este romance repercutiu negativamente na mídia e feriu a reputação da jornalista.
Em resposta às críticas da mídia, nos anos 80 escreveu o livro “Meu Amor Bandido” (que está na minha lista de “querências”), em que narra seu envolvimento com o criminoso Hosmany.
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Minha edição de Casos de Amor |
Casos de Amor, foi publicado em 1975 pela editora Rocco. Nas primeiras páginas encontramos o poema Retrato de Cecilia Meireles, marcando o início de 34 histórias de amores não correspondidos, amores roubados, amores suicidas, complicados e conformados. Casos entre tantos Alfredos e Teresas, nomes recorrentes em vários dos casos, mas com personalidades e histórias diferentes.
Sob o olhar feminino e feminista do cotidiano na década de 70, é impossível não comparar com o atual. O que é um caso de amor? O amor é sempre um mistério ontem e hoje.
É difícil dizer qual história me agradou mais, porque sem dúvida eu gostei de todas e ouso dizer que o estilo de Marisa é parecido com Martha Medeiros em tempos diferentes (na minha opinião). O que melhor pode descrever o sabor dessas “crônicas”, é o prefácio:
“O ser humano aparece em toda a sua complexidade, os sentimentos se esparramam caudalosamente, a lágrima, o riso ou sorriso, vêm sem pedir licença, a emoção nos arrepia, fazendo a ligação da ficção com a realidade, com o caso de amor de cada um.”
poutz, fiquei morrendo de vontade de ler, Pathy. Amo histórias de amor sofridas e com finais [in]felizes... uma boa dica de leitura. :D
ResponderExcluirbjs
Adorei! Tb fiquei com mta vontade de ler.
ResponderExcluiraculpaedosleitores.blogspot.com.br
Pat, no momento eu tô pegando todo livro de contos que eu vejo! Eu não sei porque, mas está me atraindo, porque são histórias curtas porém marcantes. E eu sou que nem a Val, adoro histórias de amor soFrida.
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