Livro em Pauta - O amargo e doce do amor... Amaríssimo!


A primeira vez que ouvi falar no livro Amaríssimo da escritora Clarice Paes, foi no blog da Val quando ela anunciou que tinha começado uma parceria com a Editora Ocelote aqui. Lembro que quando vi a capa do livro, eu já me apaixonei pelo designer...achei super criativa a ideia da barrinha de chocolate amargo e fino e fiquei logo tentada a saber se o conteúdo do livro seria igualmente delicioso.
Como também temos parceria com a referida editora, recebemos cada uma um exemplar e a Eni teve a ideia de fazermos o Livro em Pauta, onde cada uma faria sua resenha e daria suas impressões sobre o livro.

Para começar, eu devo dizer que o livro é bem mais que a beleza da capa. O livro é em formato de bolso e o trabalho editorial é primoroso. Os floreios nos números de páginas que ficam na lateral do livro são um encanto, a fonte em letra manuscrita nos títulos, as orelhas (sim, é de bolso e tem orelhas!), basicamente TUDO no livro foi bem trabalhado. 
Mas o que seria de tudo isso se o conteúdo não fosse bom, não é? Mas aí é que tá, outra prazerosa surpresa.
Acabamento interno do livro - Lindíssimo!
A escrita de Clarice Paes é poética. Foi a primeira coisa que pensei quando li as primeiras linhas do livro. Ela transforma cada palavra, cada frase, em poesia pura para os sentidos. Lendo esse livro, eu não tive como não me identificar com muitas das personagens, afinal, quem nunca amou ou sofreu por amor? Quem nunca experimentou o doce e o amargo desse sentimento? 
Durante a leitura, muitas vezes eu me senti nostálgica, me senti triste, me peguei sorrindo de leve relembrando certos momentos da minha própria vida e foi um sentimento tão bom que eu não tive como querer parar. Li o livro inteiro em poucas horas sentada num banquinho de praça.
Meus contos preferidos foram: Febre, Giovanna - Entre pianos e outros panos, Morre-se um pouco a cada dia, Lirismos para um amor qualquer, O último romance, (conversas) e a Pianista ou Yesterday.
Basicamente foram poucos pontos que me fizeram desgostar do livro, quase nada. Não gostei por exemplo, da repetição que a autora usa em alguns contos, repetição de uma palavra só mesmo. Mas suponho que ela fez isso por licença poética, porque a repetição servia para reforçar aquela palavra. Outro detalhe que não gostei, foi alguns adjetivos meio antiquados que os personagens usavam, mas no final das contas...qual amante não usa apelidos ou adjetivos bobos? Então eu relevei esses detalhes. Porque a intensidade da escrita da autora me prendeu e eu me vi lendo de acordo com os sentimentos dos protagonistas dos contos.
Foi um livro que muito grifei e quando isso acontece, é porque concordei com muita coisa, muitos trechos me tocaram...

Alguns grifos meus:
Olhos de água doce P. 17
Febre
O Relógio
Jameloko e Jamelina
O último romance

(conversas)
E para finalizar, um trecho que basicamente diz tudo sobre esta bela obra:

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