Fahrenheit 451, de Ray Bradbury


Eu sou muito fã de distopias isso é um fato. Quando li a minha primeira (na época o Admirável Mundo Novo) eu nem sequer sonhava que havia tal termo para designar esse tipo de história.

Nos dias de hoje com os livros Young Adult o gênero distópico começou a tomar lugar na prateleira de muito adolescentes na forma de livros como Jogos Vorazes e Divergente

Porém o livro sobre o qual quero falar hoje é um livro especial para mim e também é um livro que ainda não foi resenhando aqui.

O livro Farenheit 451 foi o primeiro que li do autor Ray Bradbury (primeiro e único até agora maaaas não por muito tempo, espero). E é um livro que posso descrever certamente como único.

No enredo somos apresentados a um futuro em que o governo totalitário proíbe livros (sim, eu assim como vocês leitores fiquei apavorada com essa hipótese). A intenção com isso é que as pessoas não lendo passarão a não ter instrução suficiente ou pensamentos próprios para se rebelar contra este governo que as controla mostrando somente o que interessa a eles e conseguindo assim que o povo se torne apenas uma massa alienada, pois, tudo o que eles sabem é através de Tvs instaladas em casa e nas praças.

A desculpa que o governo usa para convencer as pessoas de não lerem é que (além de ser crime e quem foi pego lendo pode ser preso ou quem sabe até morto) é que os livros são perigosos e despertam sentimentos "desagradáveis" podendo deixar as pessoas tristes ou que também os livros faz as pessoas se isolarem transformando-as em anti-sociais...e a população se convence (ou não) mas ao menos não quer se arriscar.
Fazendo uma pausa aqui posso dizer que a sensação que eu tive ao começar a me aprofundar na história, foi de intensa atualidade. Não dá pra acreditar como esse livro de Bradbury é atual, é uma história que poderia estar se passando hoje.

Voltando ao livro, temos Guy Montag que é um bombeiro, mas diferente dos bombeiros que conhecemos atualmente que ajudam a apagar as chamas, Guy as propaga. Ele é um dos bombeiros que cuida da tarefa de incendiar os "perigosíssimo livros". Sua vidinha corre tranquilamente e ele se sentia maravilhosamente bem com seu trabalho, orgulhoso, até que um dia ele conhece Clarisse McClellan uma jovem muito falante e divertida (o que assustou Montag inicialmente) que o fez várias perguntas e se mostrou uma criatura muito pensante. A partir dessa conversa com a garota, Montag passou a se questionar sobre várias coisas de sua vida, inclusive a relação com sua esposa Mildred, uma mulher totalmente vazia. O fato é que ele acabou sentindo a curiosidade de abrir um livro e lê-lo, isso o fez perceber que livros não eram perigosos e sim prazerosos, porém, coisas nadas boas começaram a acontecer depois disso...Indico para quem quiser uma ótima leitura e ainda por cima refletir bastante.

A maravilhosa adaptação cinematográfica de 1966 do diretor François Truffaut

Dá até vontade de chorar, quando ele diz isso não é?

Comentários

  1. mais uma distopia que sou doida pra ler... que crime queimar Tolstói TT_TT
    eu seria uma das pessoas presas e mortas nesse mundo, com certeza rsrsrs
    bjs, Tama. Amei tua resenha :D

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