Amor, Curiosidade, Prozac e Dúvidas, de Lucía Etxebarría


Ana. Rosa. Cristina. São três irmãs, e o que elas tem de comum? O sangue. Fora isso? Absolutamente nada.  E é a partir do conhecimento desse fato que vamos sugados para dentro dessa história tão cheia de Amor, Curiosidade, Prozac e Dúvidas livro da autora Lucía Etxebarria, narrado por essas três irmãs que vão sendo apresentadas ao leitor de maneira aleatória mas que dificilmente se confundem uma com a outra.

Eu sempre via esse livro na biblioteca mas algo me fazia antipatizar com ele (ao mesmo tempo que sempre me chamava a atenção. Acho que era a capa da edição que li que era extremamente laranja... (e hoje em dia é justo a que tenho rs - eis a bendita abaixo).

Então, um belo dia eu resolvi deixar de frescura e abrir o livro. E quando li a primeira página vi que tinha que levá-lo e eu tinha que lê-lo. Eu não tinha mais alternativa porque a primeira frase me pegou e quando eu vi, já tinha lido a primeira página inteira e então eu não o larguei mais.

O Livro conta sobre essas três irmãs e sobre suas vidas. Parece bem simples, não? Mas aí é que as coisas se mostram. Todas elas relatam de maneira bem própria toda sua vida até aquele exato momento e contam sobre os seus amores, seus traumas, suas escolhas e chega um momento da história em que todas elas começam a ter dúvidas quanto a essas escolhas e elas precisam chegar a conclusões e precisam mudar ou permanecer naquela posição e continuar vendo tudo desmoronar.

Eu sempre procuro a cada livro que leio encontrar algo na escrita do autor que me desperte a atenção e no caso desta autora eu simplesmente adorei a maneira como ela dá referências maravilhosas durante o livro inteiro. Sejam nos compositores clássicos que a Rosa cita, sejam nas bandas de rock que a Cristina ouve (ela dedica um capítulo inteiro para falar do Ian Curtis da Joy Division *-*) ou até mesmo nas dicas de limpeza e perfeição da Ana...são coisas que simplesmente te abrem o interesse maior pela leitura e te fazem parar a todo momento pra anotar esses nomes (quando não os conhece) para depois pesquisar e ficar mais por dentro da história.

E é um livro incrível porque você entra na vida dessas três mulheres e você se apega a elas, as ama e as vezes as odeia, mas simplesmente as compreende (ou pelo menos tenta).

Dela eu também li o Nós que não somos como as outras e um dia desses eu falo sobre ele também.

Comentários

  1. poutz, já vi tanto livro com capa feia e quando fui ler, me surpreendi... O vampiro que descobriu o Brasil é um exemplo... que capinha FEIA... mas a história é simplesmente incrível, leve, engraçada... tenho alguns de capa 'duvidosa' em meu acervo que me prenderam pela história, não ligo mto pra capas... xD

    é sempre bom se surpreender...
    bjs, flor.

    http://torporniilista.blogspot.com.br/

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  2. Interessante isso. O meu foi "Avante: soldados, para trás" de Deonisio da Silva. À quem se interessa por história, é o melhor livro sobre a Guerra do Paraguai de que tenho conhecimento e a narração é apaixonante!

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  3. AH! E a capa da minha edição é minimalista, em um papel próximo ao jornal... coisa sem graça de se ver.

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  4. ahuahuaha realmente essa capa é estranha!
    Acho que nunca li um livro com uma capa muito horrorosa.
    Mas acho a capa do "O Xangô de Baker Street" um pouco estranha. O livro é maravilhoso... podia ter uma capa mais bonitinha.

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  5. Olá gente, primeiramente obrigada por todos os comentários.
    Realmente, esse lance de capas é um negócio bem de opinião, não é?
    Tem gente que se importa, tem gente que já quer saber mesmo é se o livro é bom ou não...tudo depende.
    Eu sou meio termo nesse sentido. Eu não ligo sempre, mas na medida do possível eu procuro capas que me agradem (principalmente se forem meus livros preferidos). Mas ao menos pra ler mesmo (sem ser pra comprar) eu ando julgando menos pela capa. Ando mais aberta a novos títulos, editoras e temáticas diferentes das que estou acostumada.

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  6. Sou suspeito pra falar de coisas ''estranhas'', mas eu amei a capa desse livro(parece mais capa de revista de moda)Esse lance de entrar no mundo de personagens que também tem as suas digamos, "particularidades" ... e de quebra uma parte do Ian (imagino a tua cara de *o* quando leu) ...hmmmm,muito bom!
    Lendo que me dei conta que tu mora praticamente a dois passos da biblioteca da cidade, mais tua cara impossível. :****

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    1. Hahahaha realmente Lipe, você é suspeito quando se trata de coisas estranhas, mas você só gosta de coisa estranha e ótima, tem um gosto muito bom ;)
      Também acho que ter a biblioteca ao lado da minha casa é uma conspiração linda do mundo pra mim rs a pena e ironia disso tudo é que eu quase nunca consigo acertar meus horários com os horários de lá, daí vivo querendo pegar livros lá e sempre que chegou ou já fechou ou ainda não abriu :((

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  7. E o ditado se faz vivo: Nunca julgue um livro pela capa!!

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  8. Por mim todo livro poderia ser capa dura, somente com o nome da obra e do autor, aliás, capas assim são as minhas preferidas. :)
    Há também aqueles livros com capas maravilhosas, mas que de belo só a capa mesmo.

    Sobre a obra em questão, o título já chama bastante a atenção, o nome da autora também, e a tua resenha só aumentou minha curiosidade e expectativa, não passará despercebido se eu pescá-lo em alguma livraria. ;)

    Curti a dica!

    Ah, e sobre a capa mais esdrúxula, "O Renegado" de Honoré de Balzac me dá vergonha na estante, huahauhaa, mas a história é genial... Balzac, né! ;)
    http://www.doseliteraria.com.br/2012/01/resenha-o-renegado.html

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