Após terminar a leitura de Anna Karenina, eu não consegui pensar em nenhuma outra personagem para homenagear aqui no Dose Literária. Tolstói teve uma vida controversa, de certa forma, e muitos o acusam de machismo, mas eu discordo completamente, visto que Anna Karenina é uma das personagens mais fortes que a Literatura possui.
Greta Garbo como Anna Karenina (1935) |
O romance começa com Oblonski (irmão de Anna Karenina) em crise com sua esposa Dolly, pois o mesmo a havia traído com a babá de seus filhos. Dolly está inconformada com a situação e quer o divórcio. Obloski pede ajuda a irmã, que venha conversar com Dolly e a convença a perdoá-lo. Na viagem de ida, Anna conhece Vronski e a partir desse momento se envolve com ele. Anna convence a cunhada a não abandonar o marido, mas ela mesma entra em uma situação tão complicada quanto.
Vivien Leigh como Anna Karenina (1948) |
Nos dias de hoje a traição ainda é um tabu, naquela época em que o livro foi escrito (entre 1873 e 1877) era ainda pior. A personagem abandonou seu marido e filho para viver com seu amante, sendo julgada por todos. Aos poucos acompanhamos os diversos sentimentos de Anna Karenina, que começam com a dúvida e culpa de abandonar seu filho, passa por um estágio de felicidade suprema até culminar no remorso, no ciúme e na tristeza.
Sophie Marceau como Anna Karenina (1997) |
Anna era uma mulher extremamente inteligente, sempre cercada de livros e interessada nos mais diversos assuntos. Era elegante, cavalgava (algo que era muito raro entre as mulheres naquela época), era elegante e frequentava a ópera de cabeça erguida, mesmo sabendo que era julgada por todos. Sofreu por ter abandonado seu filho, mas se manteve firme na decisão de continuar ao lado de seu amante. Ela pode não ter tomado as melhores decisões, mas se manteve firme diante de seus ideais, mesmo em seus últimos dias, consumida pelo ciúme e arrependimento.
Keira Knightley como Anna Karenina (2012) |
eu sou louca pra ler esse livro... \o/
ResponderExcluirhttp://torporniilista.blogspot.com.br/
Mi, essa coisa da mulher ter que sempre ser a úlltima a pular fora do barco afundando (no caso, a relação) é ainda mito forte presente no nosso dia a dia.
ResponderExcluirTenho certeza que essa personagem é muito atemporal, pois certas coisas não mudam. Entre elas, a submissão feminina na relação.
Adorei a descrição dela.
E como eu dizia...
ResponderExcluirVocês arrasaram nos posts desta semana da mulher ;)
Tudo de bom, Michelle!
Claire.
Eu ainda não consegui terminar de ler esse livro, mas agora vai. :) Ótimo incentivo!
ResponderExcluirBeijão,