Especial de Natal! Charles Dickens, Um Conto de Natal.

Seja você ateu, cristão, pagão, etc, aposto que em algum momento da sua vida você leu, viu alguma adaptação cinematográfica ou ouviu falar de Um Conto de Natal, de Charles Dickens. Um clássico atemporal como esses não podia deixar de ser mencionado hoje!






Famoso por ter escrito Oliver Twist e David Copperfield, Dickens continua nos encantando com sua incrível percepção e capacidade de transformar suas críticas a sociedade em brilhantes contos. Apesar de conhecermos suas obras como livros, inicialmente muitas delas foram publicadas capítulo por capítulo nos jornais da época, e só mais tarde compiladas e transformadas nos livros que hoje lemos. Ele era tão fenomenal que estabeleceu sua merecida fama como autor com pouco mais de 20 anos.



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Sou foda, dig din, dig din


Todavia, perdi um pouco a linha do meu pensamento, vamos voltar a Um Conto de Natal. A história desse livro é muito conhecida, começa com Ebenezer Scrooge, um senhor avarento, ganancioso, sem compaixão nem piedade por ninguém, olhando o corpo de seu sócio e melhor amigo, Marley. Scrooge é tão sovina que tira as duas moedas que cobriam os olhos de seu falecido sócio, e encara feio os funcionários que pedem pagamento pelo serviço do funeral. 



Feliz Natal? Só se for lá na casa do...!


Sete anos depois, na véspera do natal, Scrooge está trabalhando, no frio de menos sei lá quantos graus, sem acender a lareira, claro, e seu funcionário observa ansiosamente os ponteiros do relógio. Bob Cratchit tem uma família (muito pobre) o esperando em casa, e ele anseia pela ceia de natal, sem peru (porque são pobres), mas com alegria (apesar de seu filho estar muito doente).

Na hora de ir embora, Ebenezer faz questão de avisar para Bob que é melhor ele não se atrasar nem um minuto para o trabalho no dia seguinte, pois qualquer atraso é descontado do salário. Apesar de toda a dificuldade que esse homem passa, ele fala que não vai atrasar com um sorriso nos lábios, e nunca fala mal do chefe (como todos nós, não é mesmo? quem não trabalha assim o ano todo?).

E aí que a aventura começa, pois ao chegar na sua mansão Scrooge vê a cabeça fantasmagórica de Marley na maçaneta. No início, Scrooge cai para trás, esfrega os olhos e acha que está delirando, mas ao chegar no seu quarto o fantasma se apresenta para ele novamente.



Somos muito lindos, muito sensuais.
Marley fala para Scrooge que apesar de ele não ter paz na morte por ter sido tão avarento em vida, Scrooge ainda tem chance de mudar o seu futuro e evitar que o mesmo aconteça com ele. Para que Scrooge entenda a seriedade da questão, três espíritos irão visitá-lo durante a noite.

E aqui eu paro de contar, vale a pena mesmo ler o livro! Dickens escreve brilhantemente bem, e para quem precisa refletir um pouco sobre a vida, esse livro é perfeito exatamente para isso! Se você já leu o livro e que passar a mensagem adiante, doe o seu livro! Ou então, se preferir, que tal comprar essa versão infantil e ensinar alguma criança, seu primo, irmão, filho, etc, a ser uma pessoa melhor?




Você já leu o livro, já deu o livro, já ensinou, tudo? Sem problemas, tenho mais uma dica para você! Já assisti a várias adaptações desse conto, pois o amo de paixão, e a minha favorita é a seguinte:





Não adianta, a Disney sempre me seduz. Os Fantasmas de Scrooge, versão de 2009, é uma fantástica adaptação cinematográfica, especialmente para aqueles que, como eu, amam animação. O filme é simplesmente per-fei-to, e se você, de quebra, gosta de Jim Carrey, vai reconhecê-lo em cada expressão do Scrooge, pois foi ele que interpretou nosso pão-duro favorito!

Termino esse post desejando um Feliz Natal a todos, e deixando aqui a minha frase favorita do livro de Dickens:


Eu uso a corrente que forjei em vida. Eu a fiz elo por elo, e centímetro por centímetro; eu a preparei por minha própria vontade, e por minha própria vontade eu a uso.
Espero que todos nós tenhamos a oportunidade de Scrooge, e que ninguém arraste correntes nem em vida, nem em morte! Feliz Natal, tudo de bom para todos vocês!

Por: Gaby 

Comentários

  1. Puxa vida, Gabi! Que beleza de postagem!
    O A Christmas Carol foi uma de minhas primeiras leituras em inglês. Tenho quase certeza de que era uma versão integral, assim como o The Scarlet Letter (que li pouco tempo depois), mas de qualquer forma a história continuava tão rica quanto a versão original. É um conto de fato encantador e um de meus prediletos para esta época - e qualquer outra -, embora tenha de admitir que nenhum jamais terá tanto impacto quanto A Pequena Vendedora de Fósforos do Andersen, a qual inclusive citei aqui. A adaptação da Disney é realmente incrível e já a devo ter visto cerca de três ou quatro vezes - que é uma quantidade enorme para mim (exceto os Harry Potter's, que vi trocentas vezes). Você escreve muito bem.

    E como há braços, abraços.
    Caleb Henrique - Viajante Literário

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  2. Ahhh!!! Já comentei aqui que também adorei a adaptação da historinha com o Mickey Mouse. E estou para reler esse maravilhoso livro em breve!
    Adorei! Beijos

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  3. Que coincidência, estou lendo um livro que fala exatamente desta obra de Dickens, O Homem que Inventou o Natal - Les Standiford. O livro fala um pouco da história de Charles - que por sinal eu ainda não conhecia, como a prisão do pai e o trabalho como empacotador de graxa de sapato influenciaram o grande escritor que Dickens viria a ser.

    Como os amigos acima citaram, minha adaptação preferida do cinema para a obra de Dickens é, com certeza a da Disney. Já vi outras, todas são boas, porém, a da Disney supera.

    Abraços, parabéns e sucesso com o blog.

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