Nas entrelinhas das músicas de Humberto Gessinger

Sempre gostei de Engenheiros do Hawaii Humberto Gessinger, desde criança ouvia suas músicas embora não entendesse as letras. Esse gosto se intensificou na adolescência e gosto ainda mais agora.
Admiro a poesia e as letras de Gessinger através das suas canções e foi por curiosidade e admiração que li "Nas Entrelinhas do Horizonte".

Neste livro, Gessinger fala sobre sua vida de uma maneira informal. Não, não é uma biografia (eu não tenho afinidades com biografias ainda) mas é ainda melhor, pois você se sente como se estivesse batendo um papo com ele sem parecer uma entrevista, você se sente como se o conhecesse e estivesse numa mesa de bar ou café, divagando sobre diversos assuntos, e daí você lembra de algum fato ou momento e conta. É o que ele faz em seu blog pessoal - o BloGessinger.

O livro é composto de poesias e assuntos e nesses assuntos as entrelinhas das músicas dele que quem conhece ou é fã já pega no ar: frases de músicas.
Eu sempre dei minha própria e intima interpretação as letras dele, e neste livro eu senti como se ele estivesse me explicando pelo ponto de vista dele. 
O melhor de tudo é que "ele" não me tirou a liberdade de interpretar como eu quero, mas faz todo o sentido.
Se você não conhece as músicas de Humberto Gessinger não se sinta excluído, garanto que você apreciará e aproveitará da mesma maneira. Acho que estou comentando muito como fã, mas acredite em mim! (rs).

Uma das várias partes que gostei e me identifiquei (e acredito que muitas pessoas tenham se identificado também)  foi logo no inicio do livro que ele lembra algumas situações em "O dia que deixei de ser criança":

Deixei de ser criança quando descobri que Roger Waters, a cabeça do Pink Floyd , era defensor da caça como esporte. Voltei a ser criança nos primeiros acordes de Julia Dream.
No decorrer da leitura encontramos algumas observações como - Bah:

Bah 2: aprendi num filme do Wim Wenders: falar sozinho, mais que falar, é ouvir - pág 95
E com essa frase ele ganhou de vez o meu coração:
Não acho que uma música melancólica aumente a melancolia. Na verdade, ela faz companhia. 

Gessinger!!! Quando você passar pelas terras paulistanas faço questão do seu autógrafo! ;) 

Ok, eu sei que fui muito "passional" no meu comentário sobre este livro, mas concordo com a Michelle quando ela diz que é muito difícil falar de um livro que se gostou muito.
Termino aqui na esperança de ler os outros: Para Ser Sincero e Mapas do Acaso.


Até mais!

Comentários

  1. E como não ser passional ao falar de ninguém menos do que um dos maiores gênios artísticos brasileiros de todos os tempos? Uma personalidade que marcou 2 ou 3 gerações e nos proporciona um lugar extraordinário onde podemos, sempre que queremos ou precisamos, encontrar a nós mesmos! Gessinger tem meu respeito, minha admiração desde sempre e eu o vejo como o tradutor daquilo que sentimos sem saber explicar. Sensacional é pouco! Até hoje, não sei ao certo qual a vela que me leva e qual a que me queima...

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  2. Sempre gostei muito das letras do Engenheiros do Hawaii, admiro Gessinger como músico, letrista e intelectual, desde sempre, apesar de achá-lo um pouco arrogante num dos shows que fui (tipo, tava cagando para os fãs, sabe, rs), mas talvez tenha sido só impressão minha.
    Como escritor ainda não o conheço, mas acredito mesmo que o cara seja bom, suas frases e letras são memoráveis. Não o considero um gênio, mas está acima de muitos!
    Ótima dica de leitura, Pat. ;)

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