Semana da Mulher: Marion Zimmer Bradley

Marion Zimmer Bradley nasceu no subúrbio de Nova York em 1930 e teve uma infância pobre, por isso precisou trabalhar muito cedo como garçonete e faxineira. Aos 16 anos, ganhou sua primeira máquina de escrever da mãe, que pretendia que ela fosse datilógrafa, mas Marion utilizou o presente para escrever histórias.

Para sobreviver, escreveu alguns romances folhetinescos que traziam traços de homossexualidade feminina (que foi um escândalo naquela época). Foi casada duas vezes e teve dois filhos.

Na década de 50 começou a escrever profissionalmente para revistas como Vortex Science Fiction. Engajada em temas como fantasia e ficção cientifica, escreveu seu primeiro romance de sucesso, a série Darkover em 1958.

Seu maior sucesso sem dúvida foi “As Brumas de Avalon” que levou quase vinte anos para ser concluído devido a uma minuciosa pesquisa que incluía a geografia e localização de Camelot. Sua inspiração veio quando ganhou do avô o livro “As Fábulas do Rei Artur” de Sidney Lamier, que Marion já sabia de cor de tanto reler. É o complemento da série sobre Avalon:

·         A Queda de Atlântida
·         Os Ancestrais de Avalon
·         Os Corvos de Avalon
·         A Casa da Floresta
·         A Senhora de Avalon
·         A Sacerdotisa de Avalon

As Brumas de Avalon (1982) é uma versão da lenda do Rei Artur na visão das mulheres de Camelot e Avalon: a rainha Guinevere (mulher de Artur), Igraine (mãe de Artur), Viviane – a Senhora do Lago de Avalon e irmã de Igraine e Morgause, e Morgana a poderosa e feiticeira irmã de Artur.


Em 2001, o livro foi adaptado para o cinema com o mesmo nome e dirigido por Uli Edel.
Também foi inspiração para Cyndi Lauper em seu álbum “Sisters of Avalon” de 1996.

O filme
Após o lançamento das “Brumas de Avalon”, Marion escreveu outro grande sucesso: “A Filha da Noite” baseado na ópera “A Flauta Mágica” de Mozart. Aliás, Marion adorava música clássica e tinha uma coleção de discos de óperas e um gato, batizado com o nome de Mozart.

Marion Zimmer, não se considerava adepta do feminismo, mas seus livros são a ótica das mulheres.

Li a série “As Brumas de Avalon” e mais dois livros distintos da fase Darkover: “Dois para Conquistar” e “A Rainha da Tempestade”.


A escritora faleceu em 1999 deixando diversas obras e admiradores em todo o mundo.
Mais sobre Bradley em: http://www.mzbworks.com/


Comentários

  1. Li As Brumas de Avalon quando ainda era adolescente, e a história narrada nesse livro povoou meus sonhos por muitos anos, é um livro para ser lido, relido, trelido,rs... Ótima escolha Pati.

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  2. Vi o filme, há uns 7 anos atrás, e até hoje desconheço história tão rica em cenografia e enredo.
    Desde então, morro de vontade de levar a série quando encontro nos sebos, mas nunca estão completos, sempre faltando algum deles. (nota mental: comprar o primeiro e só depois partir para a compra dos volumes restantes, rs).
    Adorei Pat!

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  3. Só gostaria de corrigi-la: O nome não é Morgouse, e sim Morgause; a maioria das obras citadas como "complemento" são da autoria de Diane L. Paxon em parceira com ou simplesmente usando o nome de Bradley; e a narrativa d'As Brumas deixa bem claro que Morgana NÃO é uma feiticeira, e sim uma sacerdotisa.

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