Fui presenteada pela
amiga Michelle há 2 meses atrás com dois livros da jovem escritora
Simone Campos, ambos lançados pela Editora 7 Letras, livros estes
que entraram para o meu auto-desafio: 7 livros em 7 dias.
Carioca, 29 anos, que
iniciou seu caminho no mundo das letras ainda em idade escolar com
apenas 17, Simone estreia com o livro "No Shopping", uma curta novela
que se passa inteiramente em torno da ambientação de um shopping
center.
O enfoque deste livro acredito que não seja somente pela idade prematura da escritora, nem pelo conteúdo do livro em si porque não se distingue pela relevância do tema, nem pelos personagens adolescentes, mas pela maneira com a qual Simone narra os acontecimentos, ágil e dinâmica, criando fórmulas matemáticas sem a utilização de números, mas palavras. Não seguindo as obrigatoriedades das pontuações, Simone descreve determinados fatos na velocidade de um pensamento, pondo o leitor em confronto com seus próprios pensamentos, paralelamente.
O enfoque deste livro acredito que não seja somente pela idade prematura da escritora, nem pelo conteúdo do livro em si porque não se distingue pela relevância do tema, nem pelos personagens adolescentes, mas pela maneira com a qual Simone narra os acontecimentos, ágil e dinâmica, criando fórmulas matemáticas sem a utilização de números, mas palavras. Não seguindo as obrigatoriedades das pontuações, Simone descreve determinados fatos na velocidade de um pensamento, pondo o leitor em confronto com seus próprios pensamentos, paralelamente.
Seu nome está
relacionado com o do escritor já citado aqui diversas e dignas
vezes, Luiz Ruffato. Este organizou o livro “25 mulheres que estão
fazendo a nova literatura” lançado pela editora Record, e dentre
estes 25 está um de seus contos, Bondade.
O segundo de seus
livros que somei ao meu auto-desafio foi “A Feia Noite” levado
pelas personagens Maria Luiza e Francisco, em resumo é uma montante
de palavras que se fugir a concentração do leitor, se torna uma
leitura arrastada e de pouco entendimento, mas não cabe à mim inferiorizar tal
obra pela minha não-compreensão, mas reconhecer que Simone detém
uma mente peculiar e solvida nas ótimas argumentações e domínio
do significado de cada palavra utilizada e suas funções no conjunto da obra. Ela não
especifica alguns pensamentos pessoais e a origem deles e ainda
subjetiva determinadas passagens, nem enreda fatos substanciais da
vida de Maria Luiza, Simone não descreve certas cenas com exatidão,
ela dispõe ao leitor o trabalho de sua mente para exatificar e
suscitar desde a rasa à mais significativa atuação da personagem
principal.
Maria Luiza é
supostamente uma garota de programa que convive como room-mate na
residência do marketeiro político Francisco, a tela de fundo
dessa história: a noite, e a
vida noturna de Maria Luiza. Esta curiosa e distinta companheira, em
resumo - como diz a aba do livro - se torna mais uma das obsessões de
Francisco.
Não compete à mim
fazer o resumo de livros que passou diante dos meus olhos sem abalos
ou conclusões, são histórias sem começo meio e fim, mas que
contém literalmente começo meio e fim como todo livro. Ao final da
leitura não soube distinguir se a minha conclusão foi simplesmente
um ponto de interrogação em minha testa, apatia ou aquele
sentimento de aprendizado agregado de novas palavras, porque Simone
utiliza não somente termos literários, mas técnicos, e de
linguagem subversiva, transformando suas obras, sem dúvida alguma,
em únicas; incomparáveis, e de riqueza poética, no sentido surreal
do termo.
Mais sobre a autora e suas obras no simonecampos.net.
simonecampos.blogspot.com.br
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Simone Campos - Fonte: Google Imagens |
simonecampos.blogspot.com.br
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