Ácido demais ou apenas realista? Quem sabe imaginativo? Bom, o fato é que os contos de Rubem Fonseca em Feliz Ano Novo deram muito pano para manga.
A Eni falou sobre o livro por aqui, e dou continuidade à discussão sobre este que foi nosso livro em pauta escolhido pela Eni.
Gostei da maioria dos contos do livro, mas vou destacar o conto “Nau Catrineta” em que um rapaz que foi criado somente por mulheres na família, segue um ritual tétrico: ao completar 21 anos de idade, o rapaz precisa comer carne humana oferecida como banquete para suas quatro tias.
“Tia Helena contou, animada, aventuras dos parentes que remontavam ao século XVI. Todos os primogênitos eram e são obrigatoriamente artistas e carnívoros e, sempre que possível, caçam, matam e comem a presa.”
A presa em questão não poderia ser mais fácil, a namorada do rapaz Ermelinda...
Daí em diante, já se pode imaginar o que pode acontecer no jantar macabro em que a inocente moça foi convidada...
Foi a primeira vez que li algo do Rubem Fonseca e a linguagem dele me cativou tanto que vou ler também “A Grande Arte” que é indicado no “1001Livros para Ler antes de Morrer” no qual vamos falar muito ainda aqui também.
Até mais.
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