01. On the Road - Jack Kerouac
Nesse post eu comentei que falaríamos de diversos livros que estão listados no 1001 Livros para Ler Antes de Morrer. Como eu já disse várias vezes, eu adoro listas, e adoro mais ainda listas de livros. Então hoje começarei falando de On the Road, livro que mudou a minha vida.
Conheci Kerouac em 2007, quando estava assistindo ao programa Entrelinhas e passou um especial sobre Geração Beat. Fiquei completamente encantada por aquilo tudo e alguns meses depois consegui comprar o livro de Kerouac.
Neste livro Kerouac é Sal Paradise, e ele nos conta como viver intensamente, pulando de emprego para emprego, conhecendo pessoas e sua relação principalmente com Neal Cassady, no livro chamado de Dean Moriarty. É um livro sobre liberdade, amizade, amor, excessos e tudo mais que a vida pode nos mostrar. Não é um livro para qualquer um, mas mudou a minha vida. Ele tem o poder de te mostrar que algumas certezas da sua vida não são tão certas assim.
O original foi escrito de uma vez só, sem parágrafos (saiu aqui numa forma "editada", mas já algum tempo a L&PM lançou uma versão original), durante 3 semanas. Kerouac usou um rolo de papel para que não tivesse que parar de escrever para trocar de folha. Truman Capote disse que a escrita dele não passava de datilografia. Eu amo Capote, mas tenho que discordar completamente dessa afirmação.
On the Road é sem dúvida alguma o melhor livro escrito por Kerouac (tenho que admitir que nenhum outro livro dele chega a metade da perfeição desse) e está perfeitamente bem encaixado nessa lista. Ele inspirou diversos outros escritores e representa exatamente a essência da Geração Beat, sendo uma espécie de bíblia do movimento.
Em 2008 eu terminei a faculdade de Letras. O meu tcc? "A estrada de Jack Kerouac" (obrigada, Nikolai, mais uma vez, por ter me dado a ideia do título), falei da Geração Beat, desse livro e da vida de Kerouac. Foram meses de mergulho total na Geração Beat e foi uma experiência maravilhosa. E claro, já fiz uma tatuagem para eternizar essa época da minha vida.
Há alguns anos Walter Salles disse que dirigiria um filme baseado em On the Road, e o mesmo chegará aos cinemas neste ano. Ao mesmo tempo que estou ansiosa, estou com muito medo de que tenham "estragado" a essência. Mas isso é assunto para outro post.
Por que ler On the Road? Acho que o trecho baixo exemplifica a grandiosidade da obra.
sempre rastejando atrás de pessoas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações em cujo centro fervilhante - pop! - pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos "aaaaaaah!".
Em 2010 eu escrevi um texto falando dele no site Interrogação. :)
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