
Há algum tempinho, eu escrevi sobre uma crônica do livro Pequenas Epifanias de Caio Fernando Abreu no meu blog pessoal e como ainda não terminei as leituras de começo de ano, transcrevo aqui para os leitores do Dose Literária.
05/11/2011
Acabei de ler “Pequenas Epifanias” de Caio Fernando Abreu, uma reunião de crônicas que ele escrevia para jornais de 1986 a 1995.
Como todo livro de crônicas ou contos que tenho em mãos, eu demoro a “digerir”. Comecei uma leitura tímida, uma ou duas páginas aqui e acolá. E passado algumas horas (ou dias) comecei a “devorar” o livro.
Agora posso dizer: Caio foi mestre, um dos mestres das crônicas. Eu poderia citar vários textos do livro e ser muito mais passional comparando-os com minhas próprias emoções todas aquelas palavras, mas vou falar particularmente de um texto irreverente sobre a tecnologia e os escritores.
Em “Até que não tão eletrônico assim” – Caio descreveu sua primeira experiência com um microcomputador em 1994 – um AST 486SX/33.
“São agora quatro da tarde, entrei e saí de vários labirintos, cometi desastres tipo apertar uma maligna tecla DELETE, que vertiginosa e frenética apaga tudo, fumei um maço inteiro, quase joguei a coisa pela janela, como Jane Fonda fazendo Lillian Hellman em Julia – mas hei de vencer!”
Imaginei Caio Fernando hoje em dia, nos tempos dos blogs, videologs, fotologs e etc da vida. Que tipo de crônicas escreveria? Imagino que seriam tão hilárias quanto essa.
Essa crônica me fez lembrar minha primeira máquina de escrever e também do meu primeiro PC com aquele Windows 3.6 – não tenho certeza, era três ponto alguma coisa (rs).
Talvez eu fale sobre isso algum dia. Se eu lembrar.
Gosto bastante de Caio e esse está na lista de leituras urgentes!
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