Mais livros e mais livrarias...

Achei pertinente esta matéria publicada em um jornal do Piauí a respeito de livros e leitores que li no blog da minha amiga Mara Vanessa e com a devida autorização da mesma, posto por aqui. Mara fez um comentário a respeito desta matéria no blog dela Azul de Setembro.

Reportagem especial de Katylenin França - especial para DE BOA.
Editor: Diego Iglesias.

De Boa: Coluna do caderno cultural Torquato, veiculado no jornal O Dia.

Matéria do dia 27 de agosto de 2011 - edição de sábado.

Créditos da foto: Rapid Library






MAIS PÁGINAS NO LIVRO...







Mais autores, mais livros, mais livrarias e principalmente, mais leitores, uma mudança no perfil brasileiro

Você ja percebeu que vem aumentando o número de livrarias espalhadas pela cidade? Ou que muita gente aproveita o tempo de espera na parada de ônibus, e o tempo da viagem, dentro do próprio coletivo, para se envolver na leitura de um bom livro? Uma pesquisa recentemente divulgada pela Fundação do Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) revela que, em 2010, o brasileiro comprou mais livro que em 2009. O aumento de exemplares vendidos chegou a 13,2% e a expectativa para este ano é de que o índice aumente ainda mais, visto que os preços dos livros estão caindo e o mundo da leitura está cada vez mais perto de cada brasileiro.

Ele serve como terapia, para proporcionar lazer, para adquirir conhecimento e uma maravilhosa fonte de entretenimento. O livro, seja um romance, ficção ou história, encanta a todo tipo de público, entre crianças, jovens, adultos e idosos. Além disso, pode ser uma ótima sugestão de presente, disponíveis nos mais variados preços.

A pesquisa da FIPE/USP detectou que o número de exemplares vendidos cresceu de 387.149.234, em 2009, para 437.945.286, em 2010. No ano passado, foram publicados 54.754 títulos, que representam um aumento de 24,97% em relação a 2009, sendo 18.712 títulos novos. Ou seja, o editor tem apostado no aumento da diversidade da oferta.

Os livros didáticos, religiosos, literatura adulta e infantil são os mais procurados, de acordo com a pesquisa. Segundo Tarcísio Carvalho, supervisor de vendas de uma grande rede de livrarias em Teresina, a procura também é muito grande por livros de auto-ajuda e romance.

"O interesse da população pela leitura tem aumentado bastante. O número de livrarias vêm crescendo. Já soube de empresas de outros Estados que vêm se instalar em Teresina. E existe mercado para todos. Só em uma de nossas filiais, em média, vendemos 800 livros por mês, fora da alta temporada", disse.

Atualmente, quem gosta de ler tem todos os motivos para não abrir mão de se debruçar em uma boa leitura. Com o avanço da tecnologia, é possível aproveitar as versões online pelo Ipad, smarthphone, por exemplo. E para quem gosta de sentir o "cheirinho" do papel e montar sua própria mini biblioteca em casa, existem mais facilidades: o aumento do número e aconchego das livrarias, que cada vez mais, buscam atrair clientes, além dos sites de vendas de livros.

A estudante teresinense Mara Vanessa, 23 anos, tem a leitura como uma terapia. Ela tem cerca de 200 livros em casa. São duas estantes, fora os que ficam na escrivaninha, todos separados por área e organizados cuidadosamente. Mara já fez até viagens para conhecer livrarias em outros Estados. Por ano, ela lê em média 30 livros, e entre os seus preferidos estão os de autoria da escritora inglesa Jane Austen e os do escritor piauiense Adriano Lobão, que lhe fez conhecer a beleza da poesia.

"Desde que consegui decodificar as palavras, aprendi a ler. Me surpreendi e apaixonei pela leitura", conta Mara Vanessa, lembrando que o bom hábito se deu por conta do incentivo dos pais e da escola.

"Até o primeiro livro da coleção de contos de fadas que ganhei quando criança ainda tenho. E de lá para cá, a paixão só vem crescendo. Atualmente, tenho lido livros de romance, conto, crônica", lembra.

O fascínio de Mara pela leitura já levou a estudante até mesmo a um tipo de rede social que também tem atraído milhares de brasileiros e tornando-se cada vez mais popular. Ela tem um perfil no Skoob, site que reúne leitores de todo o Brasil.

"Você cria sua página, mostra o que você já leu, vai ler ou está lendo. Você cria sua estante e deixa seus amigos saberem de que tipo de livro você gosta. Compartilha opinião, avalia suas leituras, faz resenhas de livros e posta. Além de fazer uma estante com livros que você tem na vida real e dos que tem na versão on-line, também é possível divulgar sua meta de leitura para o este ano, os livros que você quer trocar... Você interage com pessoas como qualquer rede social e associa grupos, cadastra livos, autores...", explica Mara, que já faz parte do grupo há cerca de três anos.

"Eu praticamente não gosto de sair. O tempo que tenho disponível aproveito para ler. Foi através da leitura que aprendi o inglês e me interessei pela língua turca. Eu deixo de comprar um sapato, ou uma bolsa, por exemplo, para comprar um livro de R$ 500,00. O valor que um livro tem para mim é o mesmo que uma bolsa da Vogue tem para qualquer mulher. É o meu estilo de vida", finalizou.

Comentários

  1. Muito bom Pat! E saber disso é melhor ainda.
    Não só livrarias, mas de uns 5 anos pra cá notei um crescimento considerável de sebos também, o que é melhor ainda, pelos preços e pelas raridades que se encontram neles.
    O mundo não está perdido minha gente! :)

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